
Jornalismo Multimídia
Projeto
Falar sobre o que é jornalismo multimídia é complicado. Cada um tem uma definição sobre o termo e seus impactos. O consenso está longe de existir. Para alguns, a junção do rádio com o vídeo já é um exemplo. Para outros, deve-se ter pelo menos três tipos de mídias numa mesma página. Uns acham que é aquele jornalista faz tudo, há quem diga também que é jornalismo em tempo real e outros arriscam dizer que o conteúdo deve extrapolar a telinha do computador e promover ações transmídia como lançamento de livros, exposições, debates. É por causa dessas diversas definições que realizamos o projeto O que é Jornalismo Multimídia.
A parceria eficiente do jornalismo com o áudio, o vídeo, a foto, newsgames e os infográficos é o nosso objeto de estudo. Queremos tencionar essa manifestação contemporânea do fazer jornalístico na web e mais do que isso, queremos aqui entender o método de produção dos jornalistas que pensam essa nova forma de comunicação hibridizada.
Repórteres
Camila Câmara
Gabrielle Mollento
Guilherme Gozzi
Guilherme Machado
Orientação
Professora Heidy Vargas
Mas o que é?
Multimídia é a combinação da mídia estática – texto, fotografia e gráfico – com a mídia dinâmica – vídeo, áudio e animação. Podemos então afirmar que é a soma de várias mídias.


Partindo desse conceito, entende-se que para se ter uma reportagem multimídia é necessário unir os diferentes elementos midiáticos (texto, imagem fotográfica, vídeo, áudio, ilustração). Rámon Salaverría afirma em seu livro “Redacción Periodística en Internet”, que apenas reunir tais elementos não é o bastante, sendo necessário agrupá-los para a construção de uma mensagem única. Ou seja, os seus elementos da reportagem multimídia devem dialogar entre si na mesma tela, enriquecendo a informação a ser passada. Todo o conteúdo expresso em áudios, vídeos ou infográficos deve ser exclusivo e ajudar na construção do que é mostrado, evitando a redundância.
A narrativa multimídia é um desafio. E deve ser entendida como uma prática singular porque a linguagem audiovisual e os recursos da internet se misturam e influenciam um ao outro.
O jornal New York Times é uma das referências no jornalismo multimídia. A primeira matéria, chamada Snow Fall foi publicada em 2013 e é considerada um marco. A reportagem ganhou o prêmio Pulitzer, na categoria Feature Writing (redação especial). Ela conta a história de uma avalanche que aconteceu em Washington, norte dos Estados Unidos, em fevereiro
de 2012. O incidente matou três dos 16 atletas que praticavam showboard nas montanhas Cascade. A matéria tornou-se um verbo “'to snowfall’, que significa contar uma história com gráficos e vídeos fantásticos e topo tipo de elemento multimídia. Essa reportagem é ilustrada com imagens tri-dimensionais que ampliam as informações dos textos e dos vídeos.
Na redação do jornal americano The New York Times encontramos o brasileiro Sérgio Peçanha. Ele é coordenador de infografia, da área de internacional, trabalha numa editoria que cuida especificamente das produções multimídias, o grupo é composto por 40 profissionais dos mais diversos. Arquitetos, jornalistas, designers, cartógrafos, geógrafos todos juntos produzindo conteúdo todos os dias.
Também podemos encontrar exemplos de jornalismo multimídia no jornal britânico The Guardian que produziu a matéria NSA Files Decoded que faz uso de vídeos, infográficos e gráficos interativos, imagens e áudio, e o Clarín.com que possui uma seção própria para os especiais multimídias e já receberam vários prêmios internacionais de jornalismo e design.
Em um estudo feito por Raquel Ritter Longhi, professora da Universidade Federal de Santa Catarina, o especial multimídia é definido como um gênero jornalístico exclusivo dos meios digitais. Além das diferentes narrativas colocadas em questão nos conteúdos multimídia, Longhi analisa também a questão dos gêneros usados para a construção dessas reportagens. Para ela, os conteúdos multimídia são formados por uma combinação de linguagens, como entrevistas, documentários, relatórios ou infográficos, criando um novo gênero webjornalismo.
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi designer de infográficos no jornal "O Globo", designer no site Globo.com e diretor Gráfico no jornal americano "The Dallas Morning News". Atualmente, é coordenador de infografia da área de internacional do jornal "The New York Times".
Formado em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, trabalha há mais de 15 anos com projetos para jornalismo e comunicação digital. Foi repórter freelancer para as revistas Rolling Stone, Carta Capital, Caros Amigos entre outras. Ganhou o prêmio Vladimir Herzog 2008, categoria internet. Diretor do Liquid Media Laab, produtor multimídia e professor na ESPM-SP.
Longform
O jornalismo online ocupa a muito tempo o espaço com notícias curtas, rápidas, fragmentadas, com a possibilidade de uma linguagem hipertextual e midiática. Porém, temos visto o surgimento de reportagens de fôlego com texto longos e aprofundados e com formatos noticiosos hipermidiáticos. São os chamados longform, as tais grandes reportagens multimídia, GRM, que no universo online ampliou a possibilidade de aprofundamento do tema respeitando a vocação que cada dispositivo tem para narrar uma história. Os dispositivos aqui citados podem ser entendidos como jornalismo visual, de dados, de áudio, de foto e a linha mestre que continua a ser o texto.
Um dos jornalistas brasileiros que tem produzido matérias de qualidade na plataforma online é Marcelo Leite, repórter especial da Folha de S. Paulo. Recém ganhador do prêmio Esso de 2015 pelo seu trabalho Líquido e Incerto – o futuro dos recursos hídricos no Brasil, Leite nos contou que a primeira matéria longform feita por ele teve como inspiração a reportagem do NYT, Snow Fall. Ele e a equipe pensavam em utilizar todos os meios possíveis dentro da internet para relatar o drama da construção da Usina de Belo Monte. A construção da reportagem levou meio ano e tem mais de 80 mil caracteres, um pequeno livro como ele mesmo confessa. Desta experiência vivida em 2013, Leite nos contou que muita coisa mudou no seu jeito de editar e construir reportagens.
A reportagem multimídia sobre Belo Monte nasceu após uma estada do repórter na Universidade de Michigan, nos EUA. Lá conheceu jornalistas de todo o mundo, principalmente os americanos, e o que se discutia era jornalismo longform, chamado de filé do jornalismo multimídia. Quando Leite publicou o especial brasileiro enviou uma cópia aos seus colegas, pois a edição do material feito no Brasil era muito diferente dos americanos. Aqui, os editores dividiram o tema em capítulos, ilustraram com fotos em movimento, recortaram com infográficos e games.
Jornalista formado pela ECA-USP, especializado em jornalismo científico. Repórter especial da Folha e colunista da Folha.com, foi também Ombudsman da Folha (1994-1996). Teve experiência como editor de Ciência, Opinião e Mundo e foi correspondente em Berlim. Em 2005, recebeu o Prêmio José Reis de Jornalismo Científico, depois em 2009, obteve o Prêmio Esso em Informação Científica, Tecnológica e Ecológica
O debate da importância do longform existe não só dentro da sala de aula, mas nas organizações jornalísticas. Um exemplo foi a publicação de um artigo no dia 21 de setembro de 2014 pela ombudsman da Folha de S. Paulo, Vera Guimarães Martins, sobre a grande reportagem multimídia Crise da Água. No artigo “Quando o conteúdo é demais”, a jornalista critica o excesso de conteúdo e aponta que a reportagem está mais para um livro didático. Os jornalistas Marcelo Leite e Roberto Dias rebateram às críticas alertando para os 132 mil acessos em apenas 12 dias e que se há leitor o formato deve ser utilizado pela empresa. Tanto que hoje o jornalismo da Folha de S. Paulo mantém a série Tudo Sobre. Grandes reportagens para serem lidas, vistas e ouvidas não apenas no notebook, mas nos tablets e celulares.
Não há uma forma ou um manual a ser seguido quando o assunto é reportagem longform, cada reportagem é uma e para Leite a estratégia é usar o máximo de recursos para prender o leitor. Um destes recursos que o repórter destaca é a utilização da fotografia. “A foto movimentada é uma das estratégias que prende o leitor, pois dá a sensação de que estamos navegando no tema.” E tudo isso tem origem na pauta. Ele revela que diferente de antes que o repórter fazia tudo sozinho, hoje a edição está presente na pauta, engajando arte, vídeo e fotografia em um projeto único. Como todo o projeto há aprendizado e Marcelo Leite descreve os erros e acertos deste processo, mas conta que está feliz com a profissão que escolheu, pois aos 58 anos está aprendendo uma nova forma de contar histórias.
Multimídia no Brasil
As empresas de comunicação no Brasil ainda engatinham no quesito jornalismo multimídia. Algumas divulgam conteúdo extra ou exclusivo para a rede, mas a maioria apenas republica seus conteúdos na internet, mantendo o formato original de suas reportagens sem ousar ou utilizar diferentes elementos para complementa-las. Na rotina de produção dos produtos multimídia muita coisa mudou na redação, a começar pela reunião de pauta, antes exclusividade de apenas um repórter e do editor do caderno, agora uma reunião com diversas cabeças e olhares diferentes sobre o mesmo tema.
Na rotina de produção não há uma regra de quantas reportagens multimídias devem ser feitas. Os doze repórteres especiais da empresa Folha de S.Paulo podem sugerir seus temas e dividir entre os diversos profissionais que compõe a página na internet como editor de arte, vídeo, foto e infográficos. Cada um com sua vocação, cada um de olho no conteúdo que pode ser relevante para o tema.
A dinâmica da reunião passa a ser o colaboracionismo, a divisão de conteúdos entre os profissionais e a valorização de habilidades, pois não é possível que um profissional tenha todas as habilidades necessárias para montar uma página. Mas aí surge a primeira diferença do método de produção. O que antes era feito individualmente, agora passa a ser dividido, compartilhado e deve ser respeitado a habilidade de cada um. O repórter, que antes era o elemento principal da reportagem, continua em cena, mas divide o papel principal com seus colegas e deve compreender a dinâmica de cada uma dessas mídias. No texto abaixo conversamos com cada um dos envolvidos no projeto e como é a rotina de produção de cada um deles. Boa navegação!

O Repórter

Para entender esse novo método de produção da notícia e a narrativa conversamos com o repórter especial da Folha de S. Paulo, Fernando Canzian. Para ele, as reportagens multimídias abrem horizontes, agora o repórter precisa conhecer as diferentes plataformas de comunicação.
Até hoje conhecíamos o repórter canetinha. Isso mesmo, aquele que saía da redação com uma caneta e um bloquinho debaixo do braço e ia para as pautas. Voltava e escrevia o texto até o momento crucial do fechamento, lá pelas nove da noite. Agora, esse mesmo jornalista vai ter que mudar o “software”. Na internet não há hora oficial para fechar a reportagem, não há uma única mídia para editar e não trabalhamos mais sozinhos. Entender esse novo momento requer sair da zona de conforto, reinventar a forma de contar histórias, mas manter sempre na mira a boa reportagem.
No entanto, ser jornalista multimídia não significa fazer tudo. Pelo contrário, nem sempre uma mídia acrescentará informações na reportagem e por isso deve-se tomar cuidado para não pecar pelo excesso. E também a redação não é composta apenas pelos repórteres, nela temos fotógrafos, designers, animadores, editores e o trabalho deles não deve ser desvalorizado ou dispensado. A melhor forma de fazer jornalismo é fazendo em equipe, selecionar o que cada pessoa tem de bom para oferecer à reportagem.
O repórter, de certa forma, torna-se o editor de sua própria matéria. Um dos desafios do jornalismo multimídia é que não existe um produto jornalístico que funcione em todos os formatos. É que cada plataforma possui sua linguagem. Por isso, o repórter deve pensar como cada reportagem será apresentada. Além disso, cabe também ao repórter elaborar as pautas, definir as estratégias de apuração e produção.
Formado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Repórter especial da Folha de São Paulo. Foi secretário de Redação, editor de política, da coluna "Painel”, e correspondente da Folha em NY e Washington. Vencedor de dois prêmios Esso.
Editoria de Arte
A editoria de arte sempre foi vista na redação dos jornais como coadjuvante do texto, mas agora ela ganha outro status a de elemento principal quando o assunto é jornalismo multimídia. Abra qualquer reportagem na internet que se preocupe com a navegação e veja a dinâmica do texto na página, as artes, os infográficos com interação, os áudios, as fotos com animação 3D, games e vídeos e se pergunte: Porque os elementos estão dispostos desta forma? Essa é a preocupação do editor de arte.
A editoria de arte pensa no movimento da página, no melhor aproveitamento do espaço. Ela é capaz de criar infográficos cuja a imagem explica melhor a informação. Assim, o leitor entende melhor os fatos em menos tempo. Mas o que o internauta precisa é também de interatividade e ela existe na página para colocá-lo dentro da história, fazê-lo se sentir parte dela. Esses atrativos visuais prendem o internauta não só pelo ato de clicar, as pelos resultados que pode imprimir. Um game pode aumentar mais o acesso à uma página que uma arte sem movimento.
Por isso, não adianta ter apenas um bom tema e produzir um bom texto, o internauta exige mais. Ele quer um vídeo que use uma linguagem diferente, uma animação que ajude a explicar o que ele está lendo, um infográfico com o resumo da ideia principal.
Formado em Publicidade e Propaganda pela ECA-USP. Ganhador do Prêmio Folha de Jornalismo na categoria Artes Gráficas. Atualmente é editor adjunto na Editoria de Arte da Folha de São Paulo.
A editoria de arte também mudou para atender esse internauta. Antes a editoria era composta de profissionais das artes e do designer, agora passa a ter como integrante pessoas especializadas em programar, arquitetos, cartógrafos, geógrafos.
e arte

o fotógrafo

Outro importante elemento das reportagens multimídias é a fotografia. Ao longo dos anos ela passou por uma série de transformações que lhe permitiram um maior alcance e uma maior acessibilidade. O desenvolvimento de câmeras fotográficas digitais por exemplo, permitiu uma publicação mais ágil. Já as câmeras portáteis, deram aos repórteres fotográficos maior autonomia para produzirem suas reportagens.
O ciberespaço abriu o caminho para uma série de alterações na forma de produzir fotografia. Hoje, a foto pode vir acompanhada de sons, músicas, pode ser uma imagem panorâmica interativa. A internet permite que a foto seja mais que uma imagem, permite que ela seja quase que um recurso audiovisual, capaz de contar histórias fortes e impactantes.
O editor de fotografia da Folha de S. Paulo, Diego Padgurschi, afirma que os repórteres fotográficos ainda estão se adaptando às novas linguagens que essas inovações trazem.
Antes dessas inovações, era necessário um profissional para produzir vídeos e outro para a foto, a produção de uma reportagem que utilizasse os dois recursos era bastante complicada. Hoje, a realidade é bastante diferente. O fotógrafo quando faz uma reportagem especial deve pensar na fotografia com imagem parada e outra com uma imagem em movimento.
Padgurschi explica que a orientação dada aos repórteres da Folha de S. Paulo é que produzam imagens com um enquadramento fotográfico, ou seja, o repórter faz um quadro para a foto e o mantém no vídeo. A luz e o enquadramento têm influências da fotografia e devem ser mantidas, esse é o diferencial. Mas a foto hoje também já não é mais estática, as tecnologias permitem novas formas de disposição e movimento da imagem. Padgurschi vê os produtos multimídias como uma retomada das grandes reportagens fotográficas, além de percebe-los como uma forma de ampliar o leque de possibilidades para matérias jornalísticas, permitindo que uma história possa ser contada com os mais diversos recursos.
Formado em Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes e em fotografia pelo Senac/SP. Atualmente é editor de fotografia na Folha de São Paulo.

web TV e TV Folha

Era para ser uma experiência na internet, mas a ideia cresceu e extrapolou a telinha. Assim nasceu a TV Folha, para fidelizar o leitor e usuários da internet. O site começou a funcionar em 11 de março de 2011 e tinha vídeos, infográficos e textos. Um ano depois dessa experiência, o Grupo Folha alçou voo maiores e fechou uma parceria com a TV Cultura, do governo do Estado de São Paulo, para criar um programa de 25 minutos. Na televisão, todo o domingo, surgiu o programa com o mesmo nome, TV Folha. O conteúdo era transmitido ao vivo pelos sites do jornal Folha de S. Paulo, no site da TV Cultura e no UOL. A TV Folha foi uma experiência bem-sucedida chegando a ser vencedora do prêmio Esso na categoria “Melhor Contribuição ao Telejornalismo” pela cobertura dos protestos de junho de 2013.
Após dois anos de programa, a parceria acabou, mas o jornal decidiu manter a TV Folha no site. O sucesso da integração do papel com o vídeo deu início a criação de produtos multimídias que unem textos, infográficos, vídeos e fotos e podem ser acessados pelo celular ou computador. Todo o conteúdo está no UOL, na aba Seções, TV Folha.
A narrativa audiovisual da TV Folha difere da narrativa tradicional do telejornalismo. Suas experiências se baseiam na valorização da entrevista pendendo para a tradição documentária. Em conversa com o editor-assistente, Douglas Lambert, entendemos que há uma preocupação com a linguagem dos vídeos e principalmente que ela se distancie das experiências da televisão. Essa quebra na narrativa se dá com a evolução tecnológica, que permitiu a produção de vídeos com a câmera fotográfica e ampliou o acesso de qualquer jornalista ao audiovisual.
Na redação Lambert tenta sensibilizar o internauta com vídeos criativos, cada reportagem é como um minidocumentário. Essa é uma das características do cross-media que acaba deixando o produto com um tempo menor para atender a uma característica dos produtos da internet que é o imediatismo, assim tem duração mais curta. Outra característica são os planos menos enquadrados e mais improvisados, como o travelling e a primeira câmera que acompanha o repórter como um diário em suas investigações. Uma transformação no modo de pensar e fazer audiovisual para a internet. O uso de elementos gráficos animados colabora para tornar a reportagem mais didática e atraente. Outro elemento fundamental na televisão que é deixado de lado é o off, texto que o repórter lê em off durante a exibição das imagens. Sem off a estratégia de trabalho da TV Folha é apostar na narrativa do entrevistado e do entrevistador. O repórter vira personagem e narra sua trajetória.
Formado em midialogia pela Unicamp. É editor assistente da TV Folha no jornal Folha de São Paulo. Ganhador de quatro prêmios pelo especial multimídia "A Batalha de Belo Monte", incluindo o prêmio Líbero Badaró. Também ganhador do prêmio ESSOM por melhor contribuição ao Telejornalismo em 2013.
Hoje a editoria TV Folha faz reuniões periódicas com as outras editorias do jornal para encontrar uma reportagem especial em que a narrativa audiovisual seja necessária. Não há um número de reportagens obrigatórias por semana. Apostam nas pautas mais frias e especiais que valorizem o audiovisual. A equipe é composta por editores que reúnem o material e editam de acordo com a vocação. A edição destas reportagens fica a cargo exclusivamente do editor da TV Folha. Os repórteres não participam da edição do material e os fotógrafos também não. Editor da TV Folha juntamente com o editor de Arte decidem o que o como será exibido na página. Imagens em movimento, galeria de fotos, texto, infográficos.
Hoje, o mais complicado na redação é administrar as expectativas. Como são muitos profissionais envolvidos na produção multimídia nem sempre quem edita o material é quem captou.
Referências
RÁMON, Salaverría "Redacción periodística em Internet"
Pamplona, Ediciones Universidad de Navarra, S.A, EUNSA, 2005
JENKINS, Henry, Cultura da Convergência. 2. ed. - São Paulo :Aleph, 2009
LEITE, Marcelo e DIAS, Roberto. Réplica: Audiência de 'crise da água' mostra interesse do leitor. Folha de S. Paulo. São Paulo, 28 set. 2014. Política. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/09/1523763-replica-audiencia-de-crise-da-agua-mostra-interesse-do-leitor.shtml. Acesso em: fev. 2015.
MARTINS, Vera Guimarães. Quando o conteúdo é demais. Folha de S. Paulo. São Paulo, 21 set. 2014. Colunistas. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/veraguimaraesmartins/2014/09/1519478-quando-o-conteudo-e-demais.shtml. Acesso em: fev. 2015.